Como combater o antisemitismo 

Talvez não seja exagero afirmar que o antissemitismo seja um dos males que mais afeta nossa sociedade hoje. E, apesar de algumas pessoas pensarem que isso é algo que ficou para trás, seu flagelo tem uma presença muito profunda no nosso dia a dia. Afinal, não é difícil encontrar notícias sobre nazismo, facismo, xenofobia.

E isso pode ser visto como uma preocupação global: em diversas partes do mundo, há um aumento de ataques físicos e verbais contra judeus. Afinal, observamos crescer as ações de vandalismo contra sinagogas e cemitérios: voltam a surgir teorias conspiratórias que culpam essa população por crises políticas e econômicas. Além disso, na internet, discursos de ódio têm se proliferado com o uso de novas ferramentas, intensificando a disseminação de preconceitos.

Nesse contexto, governos e organizações internacionais têm reforçado leis e campanhas de conscientização para combater o antissemitismo. Contudo, o desafio persiste, exigindo esforços contínuos para promover a tolerância e o respeito pelos direitos humanos. Aqui vamos conhecer mais sobre o que é esse fenômeno para saber como podemos combatê-lo para a construção de um mundo mais fraterno. Vamos juntos?

Afinal, o que é o antissemitismo?

Para combater o antissemitismo, precisamos entender o que ele é. Para isso, é preciso reconhecer que algumas expressões se tornaram lugar comum na fala das pessoas: nazismos, facismo, direita, esquerda etc. E isso é usado sem a compreensão do que significam, principalmente na política. E isso está por todos os países, alimentando uma cultura de ódio que nos leva a esquecer que Deus nos fez irmãos. 

Antissemitismo é o nome que se dá ao ódio contra judeus. No entanto, ele é mais abrangente do que parece: semita são os descendentes de Sem, filho mais velho de Noé. Assim, não se trata apenas de judeus, mas também fenícios, árabes e assírios. Em outras palavras, essa é uma expressão para diferentes culturas e populações do Oriente Médio e da África.

Contudo, ao longo do tempo, o termo passou a designar principalmente os judeus. E, na história, podemos entender porque o termo faz uma redução a esse povo: os judeus sofreram discriminação por todos os lugares em que passaram. Eles foram perseguidos desde o seu exílio, provocado pelo Império Romano, até o holocausto nazista, onde milhões foram exterminados.

Assim, o antissemitismo é uma hostilidade que ganhou contornos particulares e que se direcionada principalmente aos judeus. Ele se sustenta com base em estereótipos religiosos, raciais ou culturais. E, quando falamos disso, estamos olhando para um desdobramento negativo máximo, que levou a humanidade a consequências catastróficas.

Mesmo assim, é preciso entender que o antissemitismo já não é mais o mesmo. Ele se transformou muito. E, em alguns contextos, expandiu a violência para diferentes etnias.

Um problema que se transforma e se intensifica

Em momentos extremos como os de hoje, as tensões sociais se intensificam e instalam crises humanitárias. E, diante das guerras, catástrofes naturais ou mesmo crises políticas, é possível ver um aumento do sentimento nacionalista desmedido. Tudo isso intensifica o xenofobismo. E essa intolerância amplia seus discursos de ódio contra grupos de mulçumanos, negros e imigrantes. 

Tudo isso é visível na internet: sob o véu da impunidade e motivados por um falso sentimento de liberdade de expressão, inúmeras pessoas disseminam ideologias que prejudicam a sociedade. E tudo isso alimenta o medo e a insegurança, que são capazes de fazer florescer o antissemitismo. Assim, amplifica-se o ódio contra comunidades vulneráveis, diferentes etnias e várias religiões.

Esse novo contexto vem exigindo respostas globais contra o preconceito e a discriminação. E é fundamental que sejam criadas políticas de integração e educação intercultural para mitigar esse problema. Afinal, é extremamente necessário fomentar uma convivência fraterna entre os diferentes grupos populacionais.

Um carisma para promover fraternidade e paz

Fundada em 1843, pelos irmãos Teodoro e Afonso Ratisbonne, a Congregação das Religiosas de Nossa Senhora de Sion tem como missão a cultura de paz. Formada por irmãs contemplativas e com ardor apostólico, a congregação tem como carisma, isto é, como identidade particular: a consciência do fiel amor de Deus pelo povo judeu e a exigência bíblica de “praticar a justiça, amar com ternura e andar humildemente com o teu Deus” (Miquéias 6,8).

Em outras palavras, as Irmãs de Sion são uma resposta de Deus para curar um mundo fraturado. Elas são uma forma de enfrentar mais intensamente o mal da intolerância étnico-religiosa. Afinal, são mulheres que buscam construir pontes entre cristãos, judeus, muçulmanos e todas as outras tradições religiosas. E, em todos os seus trabalhos, há um apelo pela justiça, paz e amor entre os povos: elas promovem o diálogo inter-religioso, formando as pessoas pela catequese, pela educação e pelo trabalho social. Tudo isso para promover o ecumenismo como uma forma de construir a Paz.

Ações práticas para combater o antissemitismo no dia a dia

Diante desse cenário, listamos quatro ações práticas que qualquer pessoa pode tomar para combater o antissemitismo:

  1. Aprender sobre o Holocausto: Conhecer o passado e entender as consequências do antissemitismo ajuda a reconhecer os sinais de preconceito e da desinformação. Essa é a melhor forma de combater um preconceito que pode se disfarçar.
  2. Desconstruir estereótipos: Confrontar mitos e informações falsas com a verdade sobre os judeus pode ajudar a educar os outros. E isso pode ajudar a construir uma narrativa positiva e baseada em fatos.
  3. Fomentar o diálogo: Participar de eventos culturais judaicos ou apoiar instituições que promovem a paz e o diálogo inter-religioso é uma maneira de promover a fraternidade. Então, incentive conversas respeitosas e abertas sobre religiões e culturas, criando espaços de entendimento e respeito mútuo.
  4. Denunciar discursos de ódio: Se encontrar antissemitismo online ou em sua comunidade, denuncie às plataformas, autoridades ou grupos que combatem o preconceito. Lembre-se: isso, além de errado, também é crime, e precisamos construir uma cultura de Paz.

E um excelente caminho para colocar essas ações e outras em prática é buscar conhecer e participar das ações promovidas pelas Irmãs de Sion. Venha participar conosco da construção da Paz!